O Fado Subiu aos Céus
O fado cansou-se
De tanta dor que sofreu
Morreu, elevou-se
Subiu ao céu
As nuvens, é vê-las
Nesse céu azul estrelado
Juntinho às estrelas
Hão-de ouvir cantar o fado
Longe do mundo
O fado não está diferente
Há no seu pranto profundo
O sofrer de toda a gente
Calmo e sereno
Vive no céu descansado
Mas o céu ainda é pequeno
Para a tristeza que há no fado
Se ouvires lamento
É uma canção a passar
Na mágoa do vento
A soluçar
Terás ansiedade
Que o fado a sofrer sentia
E chora a saudade
Deixa à morte a Mouraria
Longe do mundo
O fado não está diferente
Há no seu pranto profundo
O sofrer de toda a gente
Calmo e sereno
Vive no céu descansado
Mas o céu ainda é pequeno
Para a tristeza que há no fado
Calmo e sereno
Vive no céu descansado
Mas o céu ainda é pequeno
Para a tristeza que há no fado
(Tavares Belo e Amadeu do Vale, Revista "É Festa, É Festa" de 1955)
Quando as palavras faltam, a poesia ajuda muito.
Etiquetas: Fernanda Baptista, Pessoal, Teatro
1 Comments:
O fado, a generosidade, a bondade humana personificada... foram estes e tantos mais valores que subiram com a nossa Fernandinha ao céu.
Para sempre teremos a imagem doce, o sorriso terno, a compreensão da maturidade (que muitos não têm) daquela que todos gostaríamos de ter como avó.
Foste, mas continuas connosco.
Para sempre, Fernanda Baptista!!
Enviar um comentário
<< Home