quarta-feira, 27 de outubro de 2004

Comentários escondidos...

Pronto! Já escondi os antigos comentários! Ficam guardadinhos só para mim!
Agora já não há confusões... quem quiser comentar já só tem um sítio para o fazer!
Fico à espera!!!

terça-feira, 26 de outubro de 2004

Novos comentários

A pedido de várias famílias, mudei os comentários do meu blog. Vários foram aqueles que me escreveram a dizer que este sistema era pouco prático, que não dava jeito nenhum e que era uma seca!
Fui à procura e... já está! Só não sei como apagar os antigos, e assim fico com dois sítios para comentar! Se alguém souber... ajude-me! Ou então, comentem onde quiserem!
Fico à espera dos vossos comentários, bons ou maus!
Agora meus amigos... ninguém tem desculpa!

domingo, 24 de outubro de 2004

Ramalho Ortigão e "O Mistério da Estrada de Sintra"

Hoje comemora-se o nascimento de Ramalho Ortigão.
O escritor nasceu a 24 de Outubro de 1836.
Mas porquê falar dele aqui? Porque para além de inúmeros outros escritos, ele é um dos autores (o outro é Eça de Queiroz) de um emblemático romance da literatura portuguesa, "O Mistério da Estrada de Sintra". Mas desse "mistério" vamos falar adiante! Para já, apresento-vos - José Duarte Ramalho Ortigão!

José Duarte Ramalho Ortigão nasceu na cidade do Porto a 24 de Outubro de 1836 e distinguiu-se, essencialmente, como cronista e folhetinista. A sua infância foi passada no campo, tendo mais tarde, frequentado o curso de Direito em Coimbra, o qual não chegou a terminar. Foi professor de francês durante alguns anos, no Colégio da Lapa, no Porto, que era dirigido pelo seu pai, e onde teve como aluno o jovem Eça de Queiroz.
A partir de 1862 dedicou-se ao jornalismo. Fez crítica literária no Jornal do Porto e colaborou na Gazeta Literária e na Revista Contemporânea. Iniciou-se no jornalismo e na literatura no momento em que a segunda geração romântica (Camilo, Soares de Passos, etc...) dominava o panorama literário português. Participou na célebre Questão Coimbrã, com o texto Literatura de Hoje (1866), onde defendia António Feliciano de Castilho dos ataques que lhe dirigiam, atitude esta que lhe custou uma zanga com Antero de Quental.
Anos mais tarde, integra o grupo "Geração de 70". Recorrendo a um estilo irónico, Ramalho Ortigão pretendia aproximar Portugal das sociedades modernas de então. É nessa altura que escreve, em parceria com José Maria Eça de Queiroz, "O Mistério da Estrada de Sintra" (1871 - a primeira narrativa de cariz policial da literatura nacional) e as primeiras Farpas, onde se mostra um observador atento e crítico da vida portuguesa. No entanto Eça é nomeado cônsul em Havana (Cuba) e Ramalho continua sozinho a redacção das Farpas. Com Eça de Queiroz no estrangeiro, Ramalho aproxima-se de Teófilo Braga e com ele organiza as comemorações dos trezentos anos da morte de Luís de Camões.
Em 1870 é admitido como oficial da secretaria da Academia das Ciências e instala-se definitivamente em Lisboa, onde se dedica, paralelamente, ao jornalismo e à literatura. Vinte e cinco anos mais tarde é nomeado bibliotecário do Palácio da Ajuda.
Um outro aspecto literário em que se distinguiu foi o relato de viagens, deixando-nos algumas obras bastante interessantes. Apesar do seu prestígio, Ramalho Ortigão nunca igualou um Eça, ou um Antero, em termos de criação literária.
José Duarte Ramalho Ortigão faleceu em Lisboa, a 27 de Setembro de 1915, quinze anos depois de Eça de Queiroz ter falecido em Neully, França.

José Maria Eça de Queiroz

“O Mysterio da Estrada de Cintra”

Em meados de 1870, Eça de Queirós e Ramalho Ortigão, foram protagonistas de um episódio muito engraçado, e que viria a resultar num romance, mais propriamente, o primeiro de cariz policial da literatura portuguesa.
Pois bem! Eça de Queirós e Ramalho Ortigão decidiram assustar o país, com a história rocambolesca de um assassínio na Estrada de Sintra, às portas da capital.
Tendo como única inspiração a força da imaginação, iniciaram a escrita. Na véspera, combinavam por alto o desenrolar da história e depois enviavam o original, em forma de carta anónima, para o director do "Diário de Notícias", que – levado pelo insólito e gravidade da história - a publicava diariamente. As cartas foram publicadas, à medida que chegavam à redacção, entre 24 de Julho e 27 de Setembro de 1870.
Este "mistério" foi lido avidamente pelos leitores e conseguiu mesmo preocupar os lisboetas. Houve até leitores que acreditaram na história, e alguns até tinham medo de viajar para Sintra. A paranóia foi de tal modo que chegaram a fazer-se investigações policiais nos locais descritos.
Tudo se resolveu quando, ao fim de dois meses, os autores finalmente se identificaram, explicando que, afinal, tudo não passava de uma bela história romanceada e fruto da imaginação destes dois distintos escritores.
Em 1884, "O Mistério da Estrada de Sintra", foi editado em livro.

P.S. - A quem ainda não teve oportunidade de ler esta obra prima... eu recomendo vivamente!

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sábado, 23 de outubro de 2004

"As Farpas", Outubro (1888) - Parte IV

"A casa de Palmela em Sintra, posto que moderna - creio ter sido construída pelos condes da Póvoa depois de 1834 - é das mais interessantes. Conserva a mobília e a decoração primitiva, o que faz dela um curioso tipo de civilizado interior da Restauração, com salas autenticamente e genuinamente semelhantes àquelas que organizaram e dirigiram em França Madame de Staël, Madame de Remusat, Madame Récamier, Madame Cuizot e Madame de Girardin. E no meio dos motivos egípcios da sua decoração mural, entre os grandes canapés rectilíneos e os altos tremós em colunas de mogno e de ébano com capiteis de bronze cinzelado, legado do primeiro império aos reinados que se lhe seguiram como derradeira invenção original na arte do mobiliário moderno, a silhueta da duquesa de Palmela parece achar-se em uma das molduras que mais convém à expressão das suas linhas.
Na noite do baile o antigo parque através do qual se entra na casa Palmela, iluminado de muitos centenares de lanternas venezianas, abria na calma escuridão da noite flexuosas e fantásticas perspectivas de uma profundidade infindável. Por volta das dez horas, à chegada dos duques de Bragança, que se dignaram de assistir a esta festa, os violinos de uma orquestra invisível fizeram ouvir um desenvolvimento de melodia; duas filas de vinte criados, em grande libré, encarnado e preto, calção curto, cabelo empoado, levantando em candelabros as luzes de muitas velas, adiantaram-se desde a porta do vestíbulo até o extremo da marquise que abrigava a descida das carruagens enquanto a dona da casa, de vestido branco em brocado de ouro, recebia à portinhola do landau os seus régios hóspedes. E neste lindo espectáculo, sob os grandes castanheiros, numa quebrada da serra, envolto na solidão dos campos e na abóbada do céu recamado de estrelas, parecia celebrar-se numa espécie de misterioso enlace entre a poesia da noite e a graça hospitaleira da civilização."
FIM

In "As Farpas" (Outubro, 1888), José Duarte Ramalho Ortigão

P.S. - Amanhã, no aniversário do nascimento de José Duarte Ramalho Ortigão, publico uma breve biografia deste importante autor de língua portuguesa.

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sexta-feira, 22 de outubro de 2004

"As Farpas", Outubro (1888) - Parte III

"A decoração humana tem de ser aqui completamente diversa da do Ribatejo. Por baixo das árvores dos Pisões, no perfume das Madre-silvas e das rosas chá, entre o murmúrio das águas e o gorjeio das cotovias, o campino, de cinta e colete encarnado no cavalo lanzudo, ferrado à ligeira, de sela semi árabe, e chairel de pele de cabra tem o ar nostálgico de se arrepiar de frio e de bocejar de tédio.
Os divertimentos que em Sintra condizem com os aspectos da natureza são os jogos ingleses de jardim, os concursos hípicos, as corridas de cavalos, as batalhas de flores.
A temporada deste verão foi excepcionalmente fértil em diversões desse género. Não se chegaram a realizar os concursos hípicos, os quais em toda a Europa têm tomado um tal incremento entre os prazeres da alta sociedade, que Francisque Sarcey exprimia ainda outro dia o justificado receio de que esta espécie de espectáculos viesse a matar, em breve tempo, o gosto pelo teatro. Mas, se as pessoas que em Sintra têm cavalos e carruagens não organizaram um certame formal, iniciaram-no indirectamente.
A batalha das flores, organizada em benefício dos pobres da localidade, se não foi um concurso, foi já uma grande parada e uma bela revista de sport, em que se exibiram em grande gala no meio de um considerável luxo de flores, de pastilhas e de lindas toilettes de verão, os mais belos cavalos de tiro e as mais elegantes carruagens de campo e de passeio.
A série de bailes foi inaugurada pela Princesa Amélia. A casa ocupada pelos duques de Bragança é a antiga quinta do Relógio. O prédio, relativamente pequeno, de um só pavimento, abre para os jardins um recanto do caminho dos Pisões, por uma fachada um pouco teatral, em três ou quatro arcos de volta de ferradura, em estilo árabe.
A dois bailes dados na quinta do Relógio seguiram-se vários outros nas principais casas aristocráticas de Sintra, sendo o último o dos condes do Paço de Lumiar na linda propriedade dos marqueses de Pombal, e o penúltimo em casa dos duques de Palmela". (Cont.)

In "As Farpas" (Outubro, 1888), José Duarte Ramalho Ortigão


Quinta do Relógio

P.S. - Mais tarde prometo contar um pouco da história deste magnífico edifício, utilizado nos anos 90 para festas ('raves' mais propriamente), que acabaram por destruir ainda mais esta obra arquitectónica!

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quinta-feira, 21 de outubro de 2004

"As Farpas", Outubro (1888) - Parte II

"Na serra, entre o convento dos Capuchos e o castelo dos Mouros, o palácio da Pena, espera, insensível, que a licitação em hasta pública ou o acordo amigável entre os herdeiros de D. Fernando decida a quem aquele senhorio tem de pertencer.
A propriedade de Monserrate, tão célebre pelas festas principescos que no principio do século aí deu William Beckford, como pelo quási lúgubre encerro em que hoje a sequestra da convivência social o Sr. Frank Cook, Visconde de Monserrate, seu actual possuidor, vai-se alastrando cada vez mais, ameaçando absorver tudo, porque o Sr. Cook embirra de avistar das suas janelas uma copa de pomar, um muro de quinta, ou um telhado de casa, a que ele não possa mandar dar pelo seu arquitecto, pelo seu decorador ou pelo seu jardineiro, a linha e a cor mais adequada para pôr a paisagem circunstante em harmonia com os princípios da sua estética ou com os caprichos do seu temperamento.
Nos prados de luzerna da Penha-Longa continuam a pastar tranquilos os carneiros e as vacas de luxo, que dão a esta quinta, com os seus estábulos e com as suas oficinas rurais, o grande ar de uma granja inglesa.
Finalmente, na fonte da Sabuga vai correndo sempre, férrea e desnevada, a cristalina água da serra. Fabricam-se como antigamente as queijadas da Sapa, tão gratas ao paladar de Lorde Byron. Abunda o bom leite, a manteiga fresca, as ameixas, os pêssegos, os vinhos palhetes de Colares, as rosas de D. Maria e os amarantos de Bernardim Ribeiro. Na frescura das velhas matas, no doce murmúrio das águas correntes, na suavidade da luz coada pela verdura das alamedas, durante os lentos passeios solitários sobre o solo fofo de folhagem, por entre as moitas dos fetos e das hortênsias, uma vaga palpitação de saudade parece errar com o perfume da flor das madre-silvas e da seiva dos castanheiros, como se à prosaica vilegiatura dos nossos dias alguma coisa se mesclasse dos poéticos ócios da corte de D. João II e de D. Manuel, envolvendo na azulada neblina da montanha os vagos e difusos fantasmas brancos das infantas D. Maria e D. Beatriz, das suas damas e dos seus artistas, de Paula Vicente, de Luísa Sigeia, de Bernardim Ribeiro, de Gil Vicente, de Garcia de Resende, de Luis de Camões". (Cont.)

In "As Farpas" (Outubro, 1888), José Duarte Ramalho Ortigão

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quarta-feira, 20 de outubro de 2004

Ramalho Ortigão

Daqui a uns dias... mais propriamente no próximo dia 24, passa mais um ano sobre o aniversário do nascimento de José Duarte Ramalho Ortigão, o autor, juntamente com Eça de Queiroz, dum dos mais fantásticos romances da literatura portuguesa, O Mistério da Estrada de Sintra.
Para comemorar esta efeméride, começo hoje a publicar um texto, da autoria de José Duarte Ramalho Ortigão, retirado do livro "As Farpas" (1888).
Espero que se divirtam!

"As Farpas", Outubro (1888)
“Em consequência da condenação da praça do Campo de Santana, foi em Sintra que desta vez se realizou o grande acontecimento anual do sport tauromáquico, a tourada de Tinoco, a qual se pode chamar o Grand Prix de Lisboa.
Com o caminho de ferro, que presentemente a prende à capital por um breve e cómodo passeio, Sintra mudou muito de aspecto. Ao domingo, principalmente, a multidão trazida pelos comboios de recreio dá-lhe um ar popular de festa suburbana no Beato, nas Amoreiras ou no Campo Grande.
À noite, porém, com a partida do último trem, a vila esvazia-se outra vez. Ao quente burburinho do povo, ao orneio dos burros, às risadas das espanholas, sucede-se o silêncio cavo do vale. A névoa, que lentamente desce da serra., limpa o ambiente da poeira impregnada das exalações da cerveja, do vinho de Colares e do peixe frito. E quando a lua desponta por cima dos castanheiros, esse astro tantas vezes invocado pelo velho lirismo da localidade, não hesitaria em reconhecer na sua decantada serra, no alcantilado relevo da penedia, nas ameias do castelo dos Mouros, na densa espessura dos arvoredos, no murmúrio da água por entre os musgos, no cheiro das giestas húmidas de orvalho, o éden de Childe Harold.
Na segunda-feira pela manhã constata-se que o povo, apesar de tudo quanto as classes cultas receavam da capacidade do seu contacto, não levou consigo nada da antiga Sintra. Cá ficou, onde estava, o real paço, com as suas lindas janelas de dois arcos, manuelinas, em troncos podados; a sua bela colecção de azulejos de tipo árabe, de tipo flamengo e de tipo italiano; o seu cárcere de Afonso VI, a sua sala dos cisnes e a sua sala das pêgas, cuja lenda, Garrett tão encantadoramente narrou nas lindas trovas.

Era uma pega no paço
Que El-Rei tomara caçando...

Na Regaleira os frondosos castanheiros continuam a ensombrar o mais lindo terraço que tem a serra.
Em Seteais não deixou de crescer a erva no terreiro de correr touros e de jogar as canas no tempo do marquês de Marialva, e pelo arco triunfal, no pedantesco estilo pombalino, entra-se agora como outrora para a célebre quinta tão melancolicamente devastada nas alamedas, nos lagos, nos mármores das estátuas e nos arabescos de murta dos seus velhos jardins ingleses.
Na Penha-Verde permanece o Monte das Alvíssaras com as árvores estéreis de D. João de Castro e as ermidas revestidas dos lindos embrechados do século XVI”. (Cont.)

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quarta-feira, 13 de outubro de 2004

Poesia...

Em Sintra

"As águas maravilham-se entre os lábios
e a fala, rápidos
em Sintra espelhos surgem como pássaros,
a luz de que se erguem acontece às águas,
à flor da fala
divide os lábios e a ternura. Da linguagem
rebentam folhas duma cor incómoda, as de que
maravilhado de água surges entre
livros, algum crime, um
menino a dissolver-se ou dele os lábios e ergues
equívoca a luz depois. Rápidos
espelhos então cercam-te explodindo os pássaros."


Luís Miguel Nava, Películas (1979), In Poesia Completa 1979-1994

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terça-feira, 12 de outubro de 2004

Gerhard Schroeder em Sintra!


O Chanceler alemão vai estar em Sintra já no próximo dia 19 de Outubro, próxima terça-feira. Gerhard Schroeder vem a Portugal em visita oficial e vai ser recebido, em Sintra, pelo Primeiro Ministro português Pedro Santana Lopes, no Palácio Nacional da vila. Assim, nesse dia, e devido à realização da cerimónia oficial e do banquete em honra do Chanceler, o Palácio Nacional de Sintra vai estar encerrado ao público.

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sexta-feira, 8 de outubro de 2004

Estou feliz!

Hoje estou feliz!
Não só porque é sexta-feira, mas também porque vou passar o fim de semana ao meu refúgio em Fontanelas!
Infelizmente não posso ir lá todos os fins de semana, pois estes têm que ser divididos entre Sintra a Beira Baixa!
Tenho muitos planos para os próximos dois dias... depois prometo contar!

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Rodrigo Leão em Sintra!



Hoje, às 22 horas, no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, Rodrigo Leão inicia a sua digressão e apresenta, ao vivo, o último trabalho “Cinema”.
Um músico de excepção... um concerto que se prevê maravilhoso!

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quinta-feira, 7 de outubro de 2004

Júlio Pomar, a "Autobiografia"

Já só falta um mês para a exposição de Júlio Pomar, no Museu da Arte Moderna, em Sintra, fechar as portas.
Esta mostra, intitulada “Autobiografia”, está patente desde dia 8 de Maio e, pelo antigo Casino de Sintra, já passaram mais de 21 mil pessoas.
Trata-se de uma retrospectiva de 60 anos de vida deste neo-realista português, e conta com cerca de 160 obras elaboradas entre 1944 e 2004. Esta criteriosa escolha de pintura, desenho e escultura, assinala também a entrada oficial de Júlio Pomar na Colecção Berardo.Vale a pena ir lá espreitar... de terça a domingo, das 10 às 18 horas.

Júlio Pomar

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segunda-feira, 4 de outubro de 2004

Alfredo Keil (1850-1907)

No dia 4 de Outubro, três anos antes de ser implantada a República Portuguesa, morria, em Hamburgo, o autor daquele que se tornaria, três anos depois e até aos dias de hoje, o hino nacional de Portugal, “A Portuguesa”!
Músico, pintor, poeta, arqueólogo e coleccionador de arte, Alfredo Keil era um homem de cultura. Falava e escrevia 6 línguas!
Nasceu em Lisboa, filho de pai português e mãe de origem francesa, no dia 3 de Julho de 1850.
A música cedo o seduziu, e nela veio a ocupar um lugar de muito destaque. Ainda adolescente enveredou pela pintura e também aí deu provas da sua genialidade.
Viajou para Nuremberga e para Munique, onde estudou pintura e música com grandes mestres.
Pintou cerca de 2 mil quadros, essencialmente paisagísticos - nomeadamente o vale de Colares, onde vivia - e escreveu centenas de trechos sonoros, entre eles “A Portuguesa” (1890), com versos de Henrique Lopes Mendonça.
Faleceu em Hamburgo, em 1907, onde foi conduzido para ser submetido a uma operação cirúrgica. Faz hoje 97 anos!


Um Rebanho em Sintra
1898, óleo sobre tela (24,8 x 36,8 cm)
Museu do Chiado
Lisboa, Portugal

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sexta-feira, 1 de outubro de 2004

Dia Mundial da Música

Hoje comemora-se o Dia Mundial da Música. Para assinalar esta data, o Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, acolhe um espectáculo de solidariedade intitulado “Música pela Paz”, dedicado à causa tibetana e a um projecto de apadrinhamento de monges crianças no norte da Índia.
O espectáculo inicia-se às 22 horas e conta com a colaboração da Casa da Cultura do Tibete. Diversos géneros musicais vão passar pelo palco, desde o Jazz ao Fado, passando pelo Pop e pelo Rock. Luís Represas, Miguel Angelo, Amélia Muge, André Corrêa d’Almeida e António Pinto Basto, são alguns dos nomes que vão marcar presença. A Paz no Mundo vai ser a palavra de ordem!

Também integrado nas comemorações do Dia Mundial da Música, a Câmara de Sintra vai aproveitar para apresentar ao público a Orquestra de Câmara de Sintra. Assim, realiza-se, pelas 21 horas, na Adega Regional de Colares, um concerto que inclui passagens de obras de Carlos Seixas, Joseph Haydn, de Gutav Holst e Samuel Barber.

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